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Quais são as causas emocionais da obesidade? Quando a ansiedade engorda.

  • Foto do escritor: Patricia Aquino
    Patricia Aquino
  • 10 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de ago. de 2022

A obesidade tem como consequência graves prejuízos na saúde física e emocional das pessoas. Há vários fatores que influenciam no surgimento da doença e suas origens podem resultar da interação genética, ambiental e emocional.


Por este motivo, é essencial que o tratamento leve em consideração os aspectos psicológicos relacionados ao comportamento alimentar.


Diante da minha experiência em atendimento com pacientes com obesidade mórbida, é fácil identificar que a obesidade não surge isolada na vida da pessoa. Muitas vezes ela aparece como sintoma, diante de uma sobrecarga emocional e ambiental. Sintoma este que aparece arraigado de sentimentos, pensamentos e comportamentos.



O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM-5) fez no capítulo sobre alimentação e transtornos alimentares (TA) várias alterações para representar melhor os sintomas e comportamentos dos pacientes que lidam com essas condições.


De acordo com a classificação do DSM- 5, são considerados TA as seguintes situações:

A compulsão alimentar periódica

A ruminação

A desordem de ingestão de alimentos esquiva/restritiva

Bulimia nervosa

Anorexia nervosa

O Transtorno de Compulsão Alimentar é definido por episódios recorrentes de grande ingestão de alimentos em um curto período. Tais episódios são marcados por sentimentos de falta de controle e, muitas vezes, logo após a grande ingestão, por sentimento de culpa.


Apesar deste reconhecimento no DSM-5 e das evidências dos pacientes apresentarem distúrbios psíquicos, a obesidade não é considerada como transtorno psiquiátrico. Para a psicologia, esta doença, por muito tempo, foi entendida como uma manifestação psicossomática de conflitos psíquicos.


Existem associações entre comorbidades psíquicas advindas do aumento de peso, como exemplo, os transtornos alimentares e de humor, condições estas que diminuem a qualidade de vida das pessoas.

A ansiedade, por exemplo, é um dos fatores que interfere no ganho de peso. Por mais que ela faça parte do desenvolvimento humano, quando vivida de forma intensa, pode desenvolver patologias.


Mas afinal, o que é ansiedade?


A ansiedade é um estado emocional transitório que altera de intensidade de acordo com os momentos desagradáveis que vivemos e que gera grande interferência na qualidade de vida.



A ansiedade não patológica se diferencia do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) por ser menos frequente e de menor interferência na vida do paciente.



Estes são alguns dos sintomas do Transtorno de ansiedade (TAG) :

  • Tristeza

  • Irritabilidade

  • Angustia

  • Pensamentos acelerados

  • Dor de cabeça

  • Palpitações

  • Aperto no peito

  • Desconforto abdominal

  • Pensamentos que geram medo e sensação de que vai morrer.


Todos estes sintomas podem variar de pessoa a pessoa e não precisam sentir todos e ao mesmo tempo.


A ansiedade vivida de forma intensa gera várias condições prejudiciais à saúde da pessoa, como a obesidade e compulsão alimentar. Vários estudos demonstram que a ansiedade, como também a depressão, está fortemente associado à caraterísticas de pessoas com sobrepeso e obesidade.


Estudos científicos mostram que pacientes muito ansiosos têm dificuldade de identificar suas preocupações como excessivas e informaram, também, que sofrem muito com a falta de controle emocional. Isto interfere bastante na forma delas se relacionarem, ir para determinados lugares e de realizarem algumas tarefas.


É importante observar os aspectos emocionais para ter sucesso na conquista da perda de peso, como também, evitar o reganho e o efeito sanfona.


Somos seres biológicos, psicológicos, sociais e espirituais e focar somente em um ponto de nossas vidas pode não gerar o resultado desejado.

Leve em consideração seus sentimentos em tudo que faz.




By Patrícia Aquino


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